sábado, 20 de junho de 2009

A sardinha 11

Hoje me deu vontade de compartilhar com vocês uma experiência que vivi essa semana. Uma experiência não muito agradável, eu sei, mas acho que muitos de vocês já vivenciaram o mesmo que eu em um buzú. Não sei nem por onde começar... rss...

Bem, como tudo tem que ter e começar pelo começo... acho que nada mais conveniente do que começar pelo início de tudo, ou seja, no ponto. Ponto este que não é parágrafo ou final. Esse ponto é o meu ponto de partida, assim como é o de parada do buzú (rapaz... incrível como as coisas são tão ambíguas, né? Um ponto que é de parada, concomitantemente – como diz minha amiga Karina... rss... – é um ponto de partida. Tudo depende de um outro ponto: o de vista). Deixemos de enrolação e “vamo di buzú”. Pois bem... Na verdade as coisas não estavam tão bem assim. Primeiro porque estava ali naquele ponto já fazia uns 30 minutos esperando o buzú, além disso ainda estava chovendo e tinha um monte de gente com os grandes guarda-chuvas na minha frente e não dava pra ver se vinha meu buzú ou não. Aí toda hora tinha que ir na chuva. Mas isso não foi tudo. Tinha um cara no ponto que tava cheio da manguaça deitado no banco todo molhado. De tão cheio que o cara estava todos no ponto já estavam ficando bêbados.

- “Uffa! Lá vem ele! Até que enfim!” era o que se ouvia quando o tão esperado Cajazeiras 11 chegou, para a felicidade de todos os cajazeirenses que ali estavam. Foi uma agonia da zorra para entrar no ônibus e eu, claro, no meio da confusão. Uma mulher fortona foi logo colocando a mão em minha frente pra entrar logo que quase me derrubava. “Vai sua peste!” – disse comigo mesmo, virado na desgraça com aquela grandona... Pronto! Entrei!

Ao entrar no ônibus, ainda na escada, tentando chegar ao torniquete por causa do aglomerado de homens que estavam ali, entra logo depois de mim uma mulher com uma sombrinha encharcada da chuva e me molhando tudo. Até aí tudo bem (temos que entender que era um dia chuvoso, que o buzú estava lotado e que logo chegaríamos em “Cajacity”). Passando no torniquete, coloquei o bom e velho cartão Salvador Card, ou melhor o de meu pai (rss) e fui tentando chegar pelo menos até o meio do buzú. Empurra pra lá, empurra pra cá. Pede licença e um não ouve. E suja a calça de um aqui e de outro ali... e por aí, vai!

Encontrando um lugarzinho pra me acomodar, ou melhor, para me encaixar espremido e com minha mochila pesada na frente, olhei para o rapaz que estava sentado e ele me olhou com uma cara feia da zorra e pra variar não pegou minha mochila para segurar. É assim mesmo. Já estou acostumado com o povo do Cajazeiras 11. Ninguém pega nada de ninguém, (pelo menos no buzú). Um passa daqui, outro dali e empurra, mas vai... Pra piorar a situação todo mundo agasalhado por causa do frio que estava fazendo, porém aquele buzú parecia mais uma lata de sardinha e bem lacrada, pois as janelas estavam todas fechadas pro causa da chuva que caía lá fora. Até que de repente a lata de sardinha parece ter passado do prazo de validade ou tinha sido jogado no lixão. Poderia ter acontecido qualquer coisa, menos aquilo, mas aconteceu. Mas o negócio era tão... tão... tão... forte e consistente que não dava para identificar direito se era de repolho cozido, de batata-doce ou de ovo cozido ou se era a mistura dos 3 juntos. Só que de tão horrível acho que a “criança” que colocou aqueles gazes pra fora já estava com essa gororoba na barriga há pelo menos duas semanas. Só se via gente abrindo a janela e colocando a cabeça pra fora pra ver se se via livre daquele “pesadelo bufarino”. Até que, graças a Deus, meu ponto chegou e eu pude descer e respirar direito. Mas isso são coisas que passamos na vida, pois VAMO DI BUZÚ ;-)
Por Antônio Muniz

3 comentários:

  1. Olá Galera!!!

    Estou passando para dar os parabéns pela iniciativa super diferente de todos que compõe esta equipe.
    De fato foi muito interessante a idéia de trazer para internet nossas alegrias e frustrações dentro deste ambiente, O BUZÚ,afnal como diz no texto "quem nunca andou de ônibus"?. E se me permitem uma sugestão, contudo ignorem caso já estejam fazendo, é muito importante que vcs façam entrevistas nos pontos, principalmente em horários de pico.
    Espero que este blog traga o fruto que todos esperam, portanto desejo a todos muito sucesso.

    Abraços.

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  2. Estava eu e minha namorada lendo essa história muito engraçada, quando de repente não aguentamos e demos muitas risadas juntos.Minha namorada passou mal ao ler toda essa história, riu tanto quando leu as palavras: "a mistura da batata-doce, repolho e ovo cozido", além da palavra " Cajacity".Continuem assim, sempre alegrando os internautas com sua criatividade.Valeu galera!!!

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  3. Cara.... Imagino a cena.... kkkkkkkkkkkkkkk... o pior foi a trajetória até o gran finale do peido de 2 semanas!!! kkkkk
    Sucesso cara!!!

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