segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Por dentro da Estação - 01

Olá pessoal!
Demorou, mas enfim estamos postando aqui agora o nosso primeiro vídeo da série de videorreportagens/mini-documentários. Tivemos alguns problemas técnicos bem próximo da finalização, perdemos algumas imagens, mas conseguimos recuperar muita coisa.
Essa série de vídeos é muito importante para todos nós, usuários do buzú.
Neste primeiro, os passageiros falam sobre a estrutura da Estação Pirajá.
Não percam a continuação desta série que, semanalmente um vídeo será postado aqui.

COMENTE, DÊ SUA SUGESTÃO, FAÇA SUA CRÍTICA, POIS ELA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS!


sábado, 29 de agosto de 2009

Por dentro da Estação Pirajá.



Por dentro da Estação Pirajá será o título da primeira série de videorreportagem realizada pela equipe do VAMUDIBUZU. Se alguém, até às 18h do dia 31 mês corrente quiser mandar outras sugestões para o nome, por favor, sinta-se à vontade.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tentou furar a fila... levou uma bolacha!

(Autora: Carla Oliveira)

Olá galera do blog vamudibuzu, andei navegando pelo blog, votei na enquete, bisbilhotei tudo e me diverti muito com as histórias contadas pela galera que, como eu, anda de buzú!! E aproveitando a visita vou deixar registrada aqui uma situação que sempre rola na Estação Pirajá, confessem pessoal quem nunca viu algum(a) espertinho(a) furando a fila do ônibus na maior cara de pau???!! E quando alguémvai furar o pessoal vai lá invade e vira aquela confusão!!

Pois bem, lá estava eu esperando a mais de não sei que horas pelo buzu 1452 Fazenda Grande 3/2R2 e a fila dando volta de tanta gentee eis que quando o dito cujo do buzu chega um espertinho vai pra frente furar a filasó que ele não viu um PM que estava atrás dele que vendo a situação gritou logo:Vá pra fila rapaz!! Bora ande vá pra fila!!! O cara foi falar alguma coisa pro policial que só sei que de repente só se ouviram o báaaáaááá!!! o estralo da porrada que o cara levou bem no meio do tórax, quem tava dormindo acordou nessa hora sério mesmo!!!!E o cara ficou sem ar, todo sem graça e todo mundo olhando pra cara dele.

Não defendo que a polícia agrida as pessoas, pelo contrário, acho até em muitassituações a PM é bastante violenta e despreparada pra fazer principalmente abordagem de suspeitos entre a população civil, mas, invadir fila de ônibus ISSO NÃO!! As pessoas infelizmente são muito mal-educadas, se educam com valores distorcidosem que "farinha pouca meu pirão primeiro" mas um dia melhoramos e até que esse dia não chegue... e tome bolacha da PM...Temos que respeitar a vez das pessoas, afinal de contas todo mundo quer ir pra casade preferência sentado e na janela, por falar nisso... por que as pessoasjá gostam de sentar na janela do buzu???? Enfim... isso é outra história.

Aaahh galera outro dia conto a história em que Serrão e Fila-bóia estavam na Estação Pirajá...

Abraço a todos

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A lei é do mais sabido...

(Autor Antonio Muniz)

Ontem, por volta das 17h, peguei um ônibus na Estação da Lapa. Era o Cajazeiras 10, linha 1427, só que em seu roteiro, ainda passaria na Barra – o que faz aumentar ainda mais o tempo de viagem, que não é pouco. É lógico que todas as pessoas estão cansadas depois de um longo dia de trabalho ou de aula, mas nessas horas (e não só nessas) as pessoas poderiam ter um pouco de calma e pensar também nos outros.

É sabido que os mais astutos levam vantagens em qualquer situação, ou, como diz o ditado popular, “se não fosse o besta o sabido não viveria”. Só que no buzú deveria prevalecer uma coisa: o bom senso, pois todos os quase cem passageiros que estão em um buzú lotado querem chegar logo em casa sãos e salvos (apesar de colocarem como limite de passageiros quase metade da quantidade de pessoas que se espremem em um ônibus em horários de pico), mesmo com todos os contratempos. Pena que o bom senso não ficou para todos, assim como a educação. Aliás, a falta desta última, infelizmente, é que reina no ônibus. É lógico que há pessoas gentis em um transporte coletivo, apesar de achar que seja mais fácil encontrar um buzú com um cheiro super agradável(e olha que tem mesmo! Qualquer dia desses coloco tudo aqui sobre um que tem na Estação Pirajá).

Testemunhei uma cena que me fez ficar com raiva e vergonha ao mesmo tempo. Eu estava sentado em um banco, na janela. À minha frente tinha um rapaz e uma moça. Já perto da Barra o rapaz desceu. Por lógica o lugar deveria ser da senhora que estava em pé, ao lado da menina, que estava inclusive segurando as sacolas da mulher. Só que um estudante (fardado inclusive), que deveria dar exemplo, foi logo colocando a mochila dele no assento. Na hora eu tremi de raiva. A menina, que estava sentada e que, infelizmente teve que encolher suas pernas para que o rapazote passasse, ficou com muita raiva, mas ela não deixou que aquela atitude do estudante passasse despercebida. A garota cutucou-o e disse “pela lógica era ela que deveria se sentar”. O cara de pau perguntou “porquê?”. A menina só respondeu dizendo “isso é falta de respeito e falta de educação”. Pois é! Tem muita gente que não respeita o outro, mas em ônibus, parece que é pior. Será? Mas... educação deveria ser de todos, mas infelizmente é virtude de poucos. Parece mesmo que a lei é do mais sabido.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tomou Porrada mas Saiu no Lucro

(Autor: Diêgo Lôbo)


E lá vou eu pro Twitterba... de Itapuã, o jeito é pegar o tal Vilas-Praça da Sé e contemplar TODA a orla de Salvador, num viagem passeio de 40 a 50 minutos. Enquanto eu penso em como deve ser esse povo maluco do encontro, tento lembrar as músicas dos anos 80 e imaginar @larissantiago, @RafaelRafic e @jamilebarbosa dançando É o Tchan. Porém, depois de minha atenção ser desviada para o passeio de cavalos que estava parando o trânsito, vejo que ainda tava em Piatã. Porra! Longo caminho ainda...


“Olá, pessoal...”

Êta, lá vem esse povo vender coisa.

(andar de buzú é foda, você fica familiarizado com motorista, cobrador e até com os vendedores ambulantes. Esse era aquele baixinho, moreno, com uma puta voz de radialista.)

“... Desculpe incomodar o silêncio...”

“Que merda... sai daqui, sua porra... eu não quero ouvir.”

Uxi, um coroa, bebão, levanta do nada e dali uma tapa no carinha, que fica estarrecido, sem graça, parado olhando pr’os passageiros. Estes esperam, ansiosamente, pelo decorrer da cena.

“Eu não quero ouvir, pare de agonia” - e já em pé - “SAIA DAQUI!”

Enquanto isso, o outro tenta controlá-lo, em vão, pois o bêbado continua a rosnar descontroladamente.

A plateia, então, começa a vaiá-lo. E mais, se o vendedor não sabia o que fazer, as meninas gostosinhas atrás de mim, aparentemente do sul em visita a Salvador, começaram a gritar:

“É um real!”

“Só um real, pessoal!”

“Vamos comprar!”

“Fruittela sabor amora!”

Bem, além de rir bastante, tinha de contribuir:

Bora, man, venda seu negócio, esse velho maluco!”

E, nisso, o coroa dando mais crises, e todo o ônibus gritando cada nova frase:

“Olha o Mendoratos!”

“Jujuba três por um real!”

“Não quer barulho, vai de táxi!”

Além das vaias...

O vendedor agora ria à toa, com todos os passageiros ao seu lado, termina de distribuir seu produto.

Vergonha ou não, o tiozinho bêbado, que não queria barulho e levou mais de 15 minutos de vaias e gritos, foi uma tremenda Relações Públicas para o vendedor, que não só não vendeu seu peixe (até eu comprei, só pelos risos), como ganhou um post no Vamu Di Buzu.

http://essetalmeioambiente.wordpress.com/

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O príncipe e a "nigrinha"...

Logo quando este blog foi "inaugurado", fizemos uma enquete para saber se realmente é possível haver amizade que se inicie no buzú. A maioria das pessoas responderam que sim, que pode haver até namoro entre pessoas que se conheçam dentro de um buzú. Conheço um casal de - agora ex-namorados - que iniciaram o namoro em um ônibus. Muitas pessoas não acreditam que isso seja capaz, mas o buzú, por incrível que pareça também é um lugar muito propício para se iniciar um relacionamento, mesmo que seja somente ou inicialmente amizade.

Ao checar meu e-mail hoje, vi que um amigo tinha enviado um vídeo, na verdade é uma música, mas com caracteres enquanto a melodia vai tocando. É de um rapaz rico, que anda até na "ray society" (como está na própria letra da música no vídeo), mas que se apaixona por uma moça da periferia. O amor do cara é tão grande pela menina do "cabelo duro como um cabo de aço de elevador" (como ele mesmo afirma), que ele até gasta todo o "ganha-pão" dele em lotação para ir até a periferia. Ele não se cansa de esperar o Mata Escura/Doron R1, pois quando está no ponto ele tem a certeza de que enconrará no fim de linha a menina que tem o "cabelo tão duro como cimento" (mais uma expressão dele para expressar o amor que sente pela linda moça).

Para as moças que esperam seu príncipe encantado provavelmente devem estar dizendo agora que essa menina é uma sortuda. Essa "nigrinha da Barroquinha" parece mesmo ter encontrado o tão sonhado namorado. Além de rico, deve ser bonito e é super romântico e faz questão de demonstrar tudo o que sente na música. A cada frase uma nova declaração de amor. A cada frase um apelido mais carinhoso que o anterior. Ele é realmente um cara super apaixonado pela namorada. Calma meninas, o príncipe de vocês deve chegar a qualquer momento.

Bem gente, a partir dessa música podemos ver que o amor realmente é cego, que não tem limites, que anda lado a lado com a loucura, que não tem preconceitos e não nos deixa cansados, posi nos levará para encontrar uma pessoa muito querida nossa. E em meio a todo esse romance está a periferia e o buzú.
Ouçam a música, vejam o vídeo. Divirtam-se... rss... Ame!




Por Antonio Muniz

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Palitinho de picolé aí ói...







Ontem, quando estava saindo da Lapa em um ônibus com destino à Castelo Branco, subiu um “picoleiro” (pode parecer estranho o nome, mas, apesar dele usar o colete dos baleiros, a sua mercadoria era picolé e não balas. Logo, se quem vende balas é baleiro, quem vende picolé não é picoleiro?). Pelo jeito o jovem vendia muito bem, pois estava um calor da zorra! Apesar do clima, não comprei o “saboroso e refrescante picolé, picolé ói”. Ele vendeu uns oito ou nove no ônibus, desceu no ponto adiante e continuou a gritar “bora vê. Chegô o picolé, picolé aí ói. Tenho disso, daquilo, etc...”

Tempos depois, chegou a hora de se livrar do nefasto palito do picolé. Mas, como fazer? Algumas pessoas tentam esconder o palito na fresta que tem entre o banco e a parede do ônibus, outros não se intimidam e jogam mesmo pela janela, sem nem se importarem com quem está do lado de fora e outros – acredito que a minoria – guarda-o em um saco e/ou na bolsa para jogar no lixo quando chegar em casa. É, mas tem gente que prefere mesmo é jogar no chão. Como pode um ser tão nobre e tão inofensivo ser deixado assim, abandonado, correndo o risco de ser pisoteado pelos outros passageiros?

Onde jogar o palito de picolé? Essa é uma dúvida que muitos passageiros tem após saborear e se refrescar com o picolé. Infelizmente a maioria prefere a maneira mais fácil de se livrar dele, jogando mesmo no chão do nosso buzú.



Foto Antonio Muniz
Por Antonio Muniz

terça-feira, 14 de julho de 2009

O pedinte e meu pai


Hoje estava em casa, pensando um pouco na vida, quando de repente vi um buzú, com destino à Estação Pirajá, passar lá na pista a uns 50 metros de distância de onde eu estava. Lembrei-me de um caso que meu pai me contou outro dia que aconteceu com ele na Estação Pirajá. Isso já faz bastante tempo já. Nem sei se a Estação já era chamada de Pirajá ou se ainda era a caótica E.N.E. (Estação Nova Esperança) – como esperança é a última que morre, acho que quem escolheu dar aquele nome ao lugar, escolheu muito bem, pois os usuários tinham que ter muita esperança de que aquilo realmente mudasse... mas, enfim... Voltando ao caso de meu pai, foi o seguinte... Quando ela estava na estação (Pirajá ou ENE) ele disse que passou um desses caras que dão papel pedindo dinheiro e tal (por sinal está crescente o número de papéis sendo distribuídos tanto nas estações com Lapa e Pirajá, quanto nos ônibus). No papel, segundo ele, pedia qualquer trocado. Algumas pessoas até deram algumas moedas, outras nem leram o que tinha escrito e já foram logo entregando o papel ao rapaz, provavelmente sem nem olhar par a cara dele. Já outros nem mesmo pegaram o material da mão do indivíduo. Meu pai colocou a mão no bolso, procurou no bolsinho da carteira... mas não encontrou nada e disse ao cara algo próximo de: “poxa, não tenho trocado”, meneando a cabeça. O camarada virou para ele e disse: “se não tem trocado, serve inteiro mesmo” e estendeu a mão. Que ousadia do cara, né? Meu pai, que de vez em quando contribuía com alguns pedintes, a partir desse dia passou a não contribuir mais por causa do despautério do camarada. Como já faz tanto tempo, não sei se ele já contribui dando alguns trocados ou não.

NÃO PERCA A ESTRÉIA DA NOSSA SÉRIE DE VIDEORREPORTAGENS SOBRE A ESTAÇÃO PIRAJÁ, EM AGOSTO. ESTAMOS FAZENDO AS ÚLTIMAS GRAVAÇÕES E EDITANDO ALGUMAS...
Por Antonio Muniz

sábado, 4 de julho de 2009

A Estação Pirajá como você nunca viu!!!

A equipe do blog VAMUDIBUZU está preparando uma série de videorreportagens para você. Os vídeos, realizados na Estação Pirajá, em Salvador, mostram um pouco da relação das pessoas com aquele lugar. São relatos interessantes, desde denúncias a fatos interessantes e engraçados.
Vocês não podem perder!
Vejam a chamada que produzimos para você no início das nossas gravações.

Ou, se preferir, vejam o vídeo no youtube, clicando aqui

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A primeira... a gente nunca esquece

Essa semana eu estava indo de Cajazeiras para a casa de uma colega na Paralela, quando de repente vi uma blitz. Como sempre, alguns policiais com armas em punho, outros revistando os passageiros, alguns com medo, claro!

Diante desse fato, lembrei-me da minha primeira vez e, como “a primeira a gente nunca esquece”, não foi diferente com a minha primeira blitz. Isso aconteceu entre 2003 e 2004. Eu estava voltando da instituição que fazia um curso à noite. Voltando do Barbalho para a Estação Pirajá, estava com mais uma colega que morava (ou ainda mora, não sei mais, pois tem um tempão que não temos mais contato) em Cajazeira 8. Ela era uma jovem muito tímida. Malmente conversava comigo e com meus colegas. sei que ela denominou o grupo de pessoas com quem eu andava de “galera da janela” só porque sentávamos em um dos lados da sala em que ficavam as janelas. Acho até que ela me odiava por causa de meu jeito de ser na sala.

Como eu ia dizendo... estava tudo indo muito bem. Estávamos os dois em pé, eu com minha mochila preta e ela segurando um caderno e dois livros bem pesados de química (Solomons e Morrinson) de vez em quando passando um e outro sem pedir licença, empurrando, já que o ônibus estava um pouco cheio. Aos poucos as pessoas foram descendo, mas ao mesmo de vez em quando subia alguns outros. Digamos que folgou um pouco e quem estava em pé podia já se sentir confortável (?).

Chegando em São Caetano o motorista vai reduzindo a velocidade e só se ouvia os muxoxos da galera que estava na frente e fazendo alguns comentários de quem estava louco para ir para casa.

- “Boa noite senhoras e senhores. Por favor, todos os homens descendo do ônibus e as mulheres fiquem em seus assentos com as bolsas abertas para serem revistadas”, falou o policial que entrou no buzú.

Eu, inexperiente, ou quem sabe até “cabaço” em relação a blitz de ônibus, desci e fiquei, juntamente com os outros homens, em uma posição não muito agradável (cá entre nós, ficar com as mãos no ônibus, de pernas abertas e de costas para quem está atrás de você não é uma das melhores posições, né?). Até aí beleza! Sem contar com minhas pernas tremendo... não sei de quê, já que não devia nada a ninguém... o pior de tudo foi quando olhei para o lado e vi que além de revistarem as pessoas, revistavam as sacolas. Aí foi que minhas pernas tremeram ainda mais porque tinha lembrado que a minha mochila tinha deixado com a minha colega. E agora? Seja o que Deus quiser, foi o que pensei.

Fui revistado, todos os homens para dentro, buzú liberado para retomar o seu trajeto. Fui até minha colega, já sentada e desprovida de melanina, já estava parecendo um tomate maduro e logo ela foi disparando o motivo da alteração na coloração de sua tez. Ela ficou tão desesperada quando a oficial pediu para revistar a mochila e ela não conseguia abrir, já que a mochila era daquelas que tinham zíperes dos lados para aumentar de tamanho. Passado tudo isso, chegamos, finalmente à Estação Pirajá e rimos depois da situação. Apesar de tudo, é muito benéfico que se façam as blitz nos ônibus e em pontos diversificados na cidade. O que você acha?


Lamento por não ter uma foto para colocar.


Por Antonio Muniz

segunda-feira, 22 de junho de 2009

E o buzú virou...

Olá Turma do VAMUDIBUZU,

Minha história é uma loucura, lá na década de 80, quando eu estudava no Colégio Manoel Devoto, deu-se inicio as obras da nossa linda orla marítima de SSA.
Ali no trecho de Jardim de Alá, as pistas estavam totalmente esburacadas e ai o que aconteceu?? O buzú em que eu e minha irmã estávamos virou, nossa que loucura, foi a maior zuada dentro do buzú, eu que sempre fui medrosa, nossa quase morro.
Era um gritar daqui, um gritar dali, e eu e minha irmã estávamos apavoradas, nos abraçamos e nos despedimos, pois tínhamos certeza que morreríamos, hoje vejo que tudo foi exagero, pois o ônibus tinha apenas ficado preso na lama, porém estava inclinado.
Chegaram os policiais e como eu nunca tive noção de esquerda e direita, nossa isso quase me mata, os policiais me pedindo a perna esquerda e eu tirando a direita, contudo pela posição do ônibus n podia colocar esse lado, então ai todos começaram a brigar comigo e eu chorando feito louca, nossa que horror!!!.
Bom, passado o sufoco, todos saíram do buzú porém nessa época n tínhamos tantas opções assim na cidade então para espanto de todos, tivemos que voltar no mesmo buzú nossa isso nem me matou mas, pois a essa altura já estava era enterrada, rsss.
Mas essa é minha história, e o pior de tudo é que sempre fui louca pra passar na TV, e consegui, porém chorando, parecendo uma louca, acreditem o jornal do meio dia gravou tudo, pra sorte minha e da minha irmã, minha mãe n estava em casa neste dia, pensem ai de ela tivesse me assistido daquela forma na TV.
Bom, essa foi a minha história.
Abraços a todos.


Profª Anna Bunny.



História contada pela passageira Anna Bunny.

sábado, 20 de junho de 2009

A sardinha 11

Hoje me deu vontade de compartilhar com vocês uma experiência que vivi essa semana. Uma experiência não muito agradável, eu sei, mas acho que muitos de vocês já vivenciaram o mesmo que eu em um buzú. Não sei nem por onde começar... rss...

Bem, como tudo tem que ter e começar pelo começo... acho que nada mais conveniente do que começar pelo início de tudo, ou seja, no ponto. Ponto este que não é parágrafo ou final. Esse ponto é o meu ponto de partida, assim como é o de parada do buzú (rapaz... incrível como as coisas são tão ambíguas, né? Um ponto que é de parada, concomitantemente – como diz minha amiga Karina... rss... – é um ponto de partida. Tudo depende de um outro ponto: o de vista). Deixemos de enrolação e “vamo di buzú”. Pois bem... Na verdade as coisas não estavam tão bem assim. Primeiro porque estava ali naquele ponto já fazia uns 30 minutos esperando o buzú, além disso ainda estava chovendo e tinha um monte de gente com os grandes guarda-chuvas na minha frente e não dava pra ver se vinha meu buzú ou não. Aí toda hora tinha que ir na chuva. Mas isso não foi tudo. Tinha um cara no ponto que tava cheio da manguaça deitado no banco todo molhado. De tão cheio que o cara estava todos no ponto já estavam ficando bêbados.

- “Uffa! Lá vem ele! Até que enfim!” era o que se ouvia quando o tão esperado Cajazeiras 11 chegou, para a felicidade de todos os cajazeirenses que ali estavam. Foi uma agonia da zorra para entrar no ônibus e eu, claro, no meio da confusão. Uma mulher fortona foi logo colocando a mão em minha frente pra entrar logo que quase me derrubava. “Vai sua peste!” – disse comigo mesmo, virado na desgraça com aquela grandona... Pronto! Entrei!

Ao entrar no ônibus, ainda na escada, tentando chegar ao torniquete por causa do aglomerado de homens que estavam ali, entra logo depois de mim uma mulher com uma sombrinha encharcada da chuva e me molhando tudo. Até aí tudo bem (temos que entender que era um dia chuvoso, que o buzú estava lotado e que logo chegaríamos em “Cajacity”). Passando no torniquete, coloquei o bom e velho cartão Salvador Card, ou melhor o de meu pai (rss) e fui tentando chegar pelo menos até o meio do buzú. Empurra pra lá, empurra pra cá. Pede licença e um não ouve. E suja a calça de um aqui e de outro ali... e por aí, vai!

Encontrando um lugarzinho pra me acomodar, ou melhor, para me encaixar espremido e com minha mochila pesada na frente, olhei para o rapaz que estava sentado e ele me olhou com uma cara feia da zorra e pra variar não pegou minha mochila para segurar. É assim mesmo. Já estou acostumado com o povo do Cajazeiras 11. Ninguém pega nada de ninguém, (pelo menos no buzú). Um passa daqui, outro dali e empurra, mas vai... Pra piorar a situação todo mundo agasalhado por causa do frio que estava fazendo, porém aquele buzú parecia mais uma lata de sardinha e bem lacrada, pois as janelas estavam todas fechadas pro causa da chuva que caía lá fora. Até que de repente a lata de sardinha parece ter passado do prazo de validade ou tinha sido jogado no lixão. Poderia ter acontecido qualquer coisa, menos aquilo, mas aconteceu. Mas o negócio era tão... tão... tão... forte e consistente que não dava para identificar direito se era de repolho cozido, de batata-doce ou de ovo cozido ou se era a mistura dos 3 juntos. Só que de tão horrível acho que a “criança” que colocou aqueles gazes pra fora já estava com essa gororoba na barriga há pelo menos duas semanas. Só se via gente abrindo a janela e colocando a cabeça pra fora pra ver se se via livre daquele “pesadelo bufarino”. Até que, graças a Deus, meu ponto chegou e eu pude descer e respirar direito. Mas isso são coisas que passamos na vida, pois VAMO DI BUZÚ ;-)
Por Antônio Muniz

sexta-feira, 19 de junho de 2009

VAMU DI BUZÚ???


Quem nunca andou de buzú? Quem nunca viu ou passou por uma situação engraçada? Quem, nunca passou raiva dentro do buzú? Quem nunca fez amizades, conversou, reencontrou aquele amigo que não via a muito tempo e relembrou os bons e velhos momentos? Quem nunca viajou nos pensamentos, viajando no buzú? Se você respondeu de forma positiva a alguma dessas perguntas, seja bem vindo! Esse é também o seu espaço. Acreditamos que a maioria das pessoas andam ou já andaram de buzú e, com certeza já passaram por situações estranhas, esquisitas, engraçadas...

Por conta de tudo isso nós pensamos: porque não criar um blog onde as pessoas troquem idéias sobre o que acontece nesse meio de transporte? Agora está no ar o nosso blog. Sinta-se à vontade, entre, comente, compartilhe, converse, viaje também DI BUZÚ aqui conosco. Aqui é o seu espaço para criticar o transporte coletivo de sua cidade, dar sugestões, contar casos engraçados, misteriosos (será que tem?), sérios... nesse cenário que é o nosso buzú. Sem mais delongas, VAMU DI BUZÚ?