quinta-feira, 16 de julho de 2009

Palitinho de picolé aí ói...







Ontem, quando estava saindo da Lapa em um ônibus com destino à Castelo Branco, subiu um “picoleiro” (pode parecer estranho o nome, mas, apesar dele usar o colete dos baleiros, a sua mercadoria era picolé e não balas. Logo, se quem vende balas é baleiro, quem vende picolé não é picoleiro?). Pelo jeito o jovem vendia muito bem, pois estava um calor da zorra! Apesar do clima, não comprei o “saboroso e refrescante picolé, picolé ói”. Ele vendeu uns oito ou nove no ônibus, desceu no ponto adiante e continuou a gritar “bora vê. Chegô o picolé, picolé aí ói. Tenho disso, daquilo, etc...”

Tempos depois, chegou a hora de se livrar do nefasto palito do picolé. Mas, como fazer? Algumas pessoas tentam esconder o palito na fresta que tem entre o banco e a parede do ônibus, outros não se intimidam e jogam mesmo pela janela, sem nem se importarem com quem está do lado de fora e outros – acredito que a minoria – guarda-o em um saco e/ou na bolsa para jogar no lixo quando chegar em casa. É, mas tem gente que prefere mesmo é jogar no chão. Como pode um ser tão nobre e tão inofensivo ser deixado assim, abandonado, correndo o risco de ser pisoteado pelos outros passageiros?

Onde jogar o palito de picolé? Essa é uma dúvida que muitos passageiros tem após saborear e se refrescar com o picolé. Infelizmente a maioria prefere a maneira mais fácil de se livrar dele, jogando mesmo no chão do nosso buzú.



Foto Antonio Muniz
Por Antonio Muniz

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